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Sinopse

Palma In&aacutecio levantou voo em territ&oacuterio l&iacutempido algarvio e voou para Lisboa, qual bic&eacutefalo, numa caminhada galopante a caminho do Sol. Voar era o seu sonho, porventura, o sonho de todo um povo que, mutilado na sua dignidade, encontrava no voo o engenho e a arte para fugir do inferno e escalar o c&eacuteu, fosse com as asas dos anjos, dos deuses, das virgens, das aves vol&aacuteteis ou de um raio que viesse a partir todos aqueles que suportavam a Ditadura. O voo de Tunes para Lisboa correspondeu ao voo do oper&aacuterio engenhoso ateniense D&eacutedalo, que preparou a fuga do seu labirinto de clausura. Palma In&aacutecio preparou com min&uacutecia o voo contra o regime de Salazar, tra&ccedilando a linha de navega&ccedil&atildeo a&eacuterea na zona m&eacutedia, sem temer, contudo, voar nas zonas altas contra a corrente do vento ou nas zonas baixas contra as correntes redemoinhantes, revelando nas aventuras uma intelig&ecircncia rara, pr&oacutepria apenas de jovens prod&iacutegios.

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