Descrição
“Os temas prendem-se com vivências pessoais, crítica social, a natureza, amizade, incluindo nestes, sonetos inspirados na pintura do Dr. Domingos Mateus e na mestria da sua guitarra; também um sobre Paulo Alão, Adriano Correia de Oliveira.
E, como diz Miguel Torga, em Bucólica, “ a vida é feita de nadas…” e são esses nadas, coisas simples da vida que a preenchem e que, no seu decurso, lhe dão o condimento sempre que a elas regressamos, olhando-nos como num filme e, aqui e ali, voltando-nos o riso, a alegria, esquecendo a amargura que vem por vezes; e é isso que faço sobressair nalguns desses sonetos, uns líricos, outros de comemoração, outros heróicos, outros de história.
Também verso a saudade e a beleza da minha terra: os campos verdejantes, as giestas, as carquejas, o lilás da urze a embelezar os montes, o Gerês com suas sombras e penedos, a água a correr pura a seus pés, numa primavera de amor constante, os cheiros da terra lavrada, o vestir e usos populares; regionalismos e modo de falar. Naqueles em que canto a natureza, torno evidente, a meu ver, a sua preservação, os atentados à poluição da água, fonte da vida, lutando pela sua defesa na luta contra a economia desenfreada que tudo pretende subordinar à sua desregrada importância.
A saudade e amor maternal, na sombra duma videira por si plantada, nos longos serões à lareira no seu colo acalentados até vir o sono.
Cheiros que regressam, quando pisamos o chão da horta, as sombras dos carvalhais, o chilreio dos passarinhos ou no seu constante voo a cruzar o ar.
Descrevo tempos de agora e de menino, aqui sobressaindo sentimentos de saudade, alegria, convivência, modos de viver. Também descrevo a vida em Braga, a beleza dos seus monumentos, o dia a dia atarefado da gente, a doença que actualmente nos flagela. Aqui deixo um pequeno resumo dos temas, inquietações, vivências, saudade.”
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