Nasceu a 8 de Novembro de 1918, no Samouco, Alcochete.
Filho de um casal de militantes comunistas, Margarida Tavares Ervedoso e Gabriel Pedro, cedo entrou na luta política contra a ditadura de Salazar.
Aos 15 anos foi condenado pelo Tribunal Militar Especial a um ano de prisão e à perda de direitos políticos por cinco anos.
Após a sua libertação, foi eleito para a direcção da Juventude Comunista, com Álvaro Cunhal e outros militantes.
Detido de novo no início de 1936, com apenas 17 anos, foi deportado, junto com o seu pai, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde permaneceu nove anos.
Militante activo na campanha presidencial do general Humberto Delgado em 1958. Na passagem de ano de 1961/1962 participou na tentativa insurreccional de Beja, vindo a cumprir mais quatro anos de prisão.
Até ao advento da democracia, manteve uma intensa actividade política na luta contra o regime ditatorial. Em Setembro de 1973, a convite de Mário Soares, aderiu ao Partido Socialista.
Após o 25 de Abril, no primeiro congresso do PS efectuado na legalidade, foi eleito para a comissão nacional e, em seguida, para a comissão política e para o secretariado nacional. Foi dirigente do PS durante cerca de 15 anos, tendo-lhe sido confiadas armas no Verão de 1975, por militares democratas, para a defesa da jovem democracia, situação que com toda a injustiça lhe trouxe graves consequências pessoais.