Nasceu em 1901 e veio a falecer em Março de 1999, tendo mantido, até ao fim dos seus dias, uma intensa atividade intelectual.
Foi o discípulo predileto do Grande Bergson, cujo pensamento filosófico de certo modo continuou e desenvolveu.
Ensinou História e Filosofia, primeiro em Dijon e depois em Sorbonne.
Eleito membro da academia francesa em 1961, entrou em 1987 para a Académie des Sciences Morales et Politiques.
Para além das suas tarefas como docente, Jean Guitton desenvolveu uma enorme atividade no campo da escrita, cifrando-se em cerca de setenta o número de obras que nos deixou. Delas se destacam Deus e Ciência, Cartas Abertas, Diálogos com Paulo VI, O Homem que (não) Acreditava no Céu, Um Século Uma Vida, O livro da Sabedoria e das Virtudes Encontradas, todas disponíveis em língua portuguesa.
Católico convicto, o seu nome tem lugar assegurado na história da igreja, por ter sido o primeiro (e até agora único) leigo a quem foi permitido usar da palavra num Conflito Ecuménico, o Vaticano II.
Pela profundidade do pensamento, pela ousadia das posições assumidas, pela riquíssima experiência humana de que é testemunha, bem podemos considerá-lo o último em data daquele restrito número de mestres do pensamento que marcam o século XX.