João J. A. Madeira nasceu na então aldeia (hoje, vila) de Ferro, na denominada Cova da Beira, a pouca distância da Covilhã e com a Serra da Estrela no horizonte.
Ainda criança, rumou a Lisboa com os pais que, na capital, buscavam vida melhor. Por essa razão se empregou aos 14 anos e prosseguiu os estudos no ensino nocturno, destacando-se pela qualidade da escrita e pelo apego aos livros.O bairro onde vivia (Ajuda) fornecia-lhe histórias que nunca esqueceria e viria a escrever em textos entretanto dispersos.
A mudança de empregos, muitas vezes acumulados, relegaria para segundo plano aquela que, convictamente, considerava a sua vocação e assumida paixão:a criação literária. Que pôde, finalmente e sem limitações, exercer. Tem, actualmente, três romances publicados – Inter Lapidem; O Rio Que Corre na Calçada; A Lenda Desconhecida de Francisco Caga-Tacos – e a história infantil O Jardim da Dona Gertrudes, além de contos em colectâneas do género. Irmãos de sangue deste “Senha Número Trinta e Quatro”, Prémio Vergílio Ferreira 2020, atribuído pela Câmara Municipal de Gouveia.