Filho de Angélica Correia Baltazar e José Correia Lourenço, nasceu em 19 de Junho de 1942, em Lousa, Castelo Branco.
Casado com Adélia Lourenço, pai de Gabriela Lourenço e avô de Vicente, a quem dedica a narrativa de parte da história da sua e das nossas vidas.
Concluídos os estudos secundários no Liceu Nuno Álvares, em Castelo Branco, ingressou na Academia Militar, em 1960, onde completou a licenciatura em Ciências Militares e Infantaria.
Após o tirocínio na EPI – Escola Prática de Infantaria, em Mafra, em 1964 é colocado no RI 2, em Abrantes, e promovido a alferes. Tenente em 1966 e capitão em 1968.
Depois de ter prestado serviço em Mafra e nas Caldas da Rainha, é mobilizado, em 1969, para comandar a Companhia de Caçadores nº 2549 durante a guerra colonial na Guiné.
Regressado a Portugal é colocado no BC 5, em Lisboa, e mais tarde no BRT, na Trafaria, onde adquire a especialidade de Criptólogo.
Integrando, desde o início, o Movimento dos Capitães, coordenou a organização da sua primeira reunião em 9 de Setembro de 1973, e vem a pertencer à sua Comissão Coordenadora e à sua Direcção.
Preso na Casa de Reclusão da Trafaria entre 10 e 15 de Março de 1974, dia em que é transferido compulsivamente para Ponta Delgada, Açores.
Com ação preponderante e decisiva no 25 de Abril de 1974, membro da Comissão Coordenadora do Programa do MFA, Conselho de Estado, Conselho dos 20 e Conselho da Revolução, é o único que pertenceu sempre aos órgãos de cúpula do Movimento. Primeiro subscritor do Documento dos Nove em 1975.
Graduado em brigadeiro, assume o comando da Região Militar de Lisboa (causa próxima do 25 de Novembro), e em general, é nomeado Governador Militar de Lisboa em Agosto de 1976, onde se mantém até Abril de 1978.
Nos finais de 1982, terminado o período de transição e extinto o Conselho da Revolução, regressou ao Exército como major, sendo mais tarde promovido a tenente-coronel. A seu pedido, passou à reserva em 1987, sendo promovido, em Abril de 2002, a coronel.
Autor dos livros No Regresso Vinham Todos, onde com os seus camaradas de comissão conta a experiência da guerra colonial, e MFA – Rosto do Povo, entrevista sobre o 25 de Abril de 1974.
Condecorado com a grã-cruz da Ordem da Liberdade e a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Desde a sua fundação, em 1982, é presidente da direcção da Associação 25 de Abril.