Descrição
«Conheço o Manuel Pinho de toda a vida. Nascemos em 1954 e crescemos no mesmo prédio. Foi o meu primeiro melhor amigo. Em crianças e adolescentes, fomos muitas vezes inseparáveis. Depois, cada um seguiu a sua vida, mas nunca nos perdemos de vista. Em junho de 2017, Manuel Pinho bateu à minha porta. Fora convocado para ir à Polícia Judiciária. Eu respondi à chamada, como amigo e como advogado. Porém, as circunstâncias desta velha amizade não me inibem de ser objetivo. Aqui, falarei dos factos, dos argumentos e das provas que me levam a afirmar que Manuel Pinho não praticou o crime de corrupção pelo qual foi condenado.
A carência de um verdadeiro escrutínio da justiça – do trabalho de juízes, procuradores, advogados e dos serviços que asseguram a função – está na raiz dos seus problemas e da sua incapacidade para se regenerar. Fala-se do que não se conhece. Emaranha-se o acessório com o principal. Confunde-se moral e crime. Troca-se a verdade impopular pela ficção conveniente. Prefere-se a aparência à substância. Toma se a nuvem por Juno. Denunciar e combater este jogo de enganos será sempre a minha prioridade.
O combate à corrupção também é uma luta da minha vida. Tenho-a travado no quadro da defesa dos princípios que a dignidade humana impõe, entre eles, a garantia de que a sua punição só deve ser feita à luz de um processo equitativo, que observe os direitos fundamentais e prossiga a verdade. É em nome desses valores que publico este livro.»
Ricardo Sá Fernandes
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