Descrição
Em flagrante contraste com uma descolonização galopante, realizada após o 25 de Abril em apenas vinte meses, a Oposição ao Estado Novo manteve durante grande parte do século XX uma notória indiferença em relação ao Ultramar. Das fileiras oposicionistas raramente saiu alguém com preparação teórica ou prática para se ocupar dos problemas coloniais: João Soares, Brito Camacho, Jaime Cortesão, Henrique Galvão, Norton de Matos e Cunha Leal foram excepções à regra. Ao longo de décadas, a Oposição não produziu um pensamento articulado sobre os territórios ultramarinos, numa sonolência em que Mário Soares reconheceu «uma das deficiências mais graves da Oposição». Que explicações poderão encontrar-se para um alheamento que, depois de 1974, parece ter querido redimir-se no polo oposto? É a esta pergunta que o presente livro tenta responder.
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