Descrição
A estrutura de As Pessoas de Minha Casa é híbrida, isto é, a acção desenvolve-se a partir de uma personagem - Aurélio Romeira - que em muitos momentos espelha a vivência juvenil e adolescente do autor, designadamente a idade escolar e o despertar sexual, mas cuja “existência” de adulto é inventada, num cenário lisboeta e num pano de fundo temporal que vai do Verão quente de setenta e cinco aos primeiros anos oitenta do século passado. Aparte a reconstituição das atmosferas e linguagens de época, tudo o mais é ficcionado. A Vila das Quintas do livro é a Carcavelos dos anos quarenta/cinquenta. De um inédito “diário” cuja autoria é atribuída a Aurélio Romeira (usa o pseudónimo de Serafim João) são aproveitadas algumas páginas que ajudam a redefinir as vulnerabilidades do protagonista quando mancebo. Esta terceira edição revista pode ser considerada uma nova versão do livro recomendado para publicação pelo júri do Prémio Círculo de Leitores em 1984, não tendo sido, contudo, alteradas, as linhas de força da construção romanesca.
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