Skip to content Skip to footer

Hemoptise

12.00

Informação adicional

Sinopse

«Vemos na surpreendente estreia de 1959 como Bento da Cruz se solta na estrofação. O título de 100 páginas foi editado em Coimbra e fazia-se obscuro: Hemoptise. Acresce a estranheza da indicação genológica Novela, tudo encimado por insólito pseudónimo: Sabiel Truta. O Bento da Cruz poeta compareceria, ainda, na Antologia da Poesia Contemporânea de Trás-os-Montes e Alto Douro (1968), organizada por Carlos Loures.

O pseudónimo é, hoje, um acidente, nem Isabel, nem Belisa, no anagrama Sabiel, à maneira quinhentista. O sangue que nos sai pela boca (hemoptise) é, nestas páginas, devido à tísica ou tuberculose, ao bacilo, ao micróbio, ao bicho, essa «Víbora maldita» que nos pica e enferruja, até lavrarmos um “Testamento” final, contadas três partes de dorida aprendizagem.

Começamos a entrever o porquê de ‘novela’, e mais quando, no limiar, o Editor nos avisa estarmos perante um livro de «saudades» […] escrito por um «pobre tísico finado há pouco/em perfume/de louco…» Este modo de distinguir o autor e editor (sendo da responsabilidade deste o pseudónimo) e, mais texto original e volume, é de extracção romântica, […], tocar no livro não significa sermos contagiados pelo assunto que enxergue – a tísica -, sendo-nos permitido, naturalmente (a isto chama-se leitura), vislumbrar os passos da cruz de uma alma doente aos 21 anos no seu «quarto de estudante», entre tosse e sangue correndo, «água suja num velho chafariz.»»

Ernesto Rodrigues

do Prefácio

Detalhes

ISBN 978 972 780 983 7
Editora Âncora Editora
Edição 2.ª edição - Fevereiro de 2025
Páginas 124
Formato 15x23
Peso 218 g
EAN/Código 37012
Coleção
Tags

Descrição

«Vemos na surpreendente estreia de 1959 como Bento da Cruz se solta na estrofação. O título de 100 páginas foi editado em Coimbra e fazia-se obscuro: Hemoptise. Acresce a estranheza da indicação genológica Novela, tudo encimado por insólito pseudónimo: Sabiel Truta. O Bento da Cruz poeta compareceria, ainda, na Antologia da Poesia Contemporânea de Trás-os-Montes e Alto Douro (1968), organizada por Carlos Loures.

O pseudónimo é, hoje, um acidente, nem Isabel, nem Belisa, no anagrama Sabiel, à maneira quinhentista. O sangue que nos sai pela boca (hemoptise) é, nestas páginas, devido à tísica ou tuberculose, ao bacilo, ao micróbio, ao bicho, essa «Víbora maldita» que nos pica e enferruja, até lavrarmos um “Testamento” final, contadas três partes de dorida aprendizagem.

Começamos a entrever o porquê de ‘novela’, e mais quando, no limiar, o Editor nos avisa estarmos perante um livro de «saudades» […] escrito por um «pobre tísico finado há pouco/em perfume/de louco…» Este modo de distinguir o autor e editor (sendo da responsabilidade deste o pseudónimo) e, mais texto original e volume, é de extracção romântica, […], tocar no livro não significa sermos contagiados pelo assunto que enxergue – a tísica -, sendo-nos permitido, naturalmente (a isto chama-se leitura), vislumbrar os passos da cruz de uma alma doente aos 21 anos no seu «quarto de estudante», entre tosse e sangue correndo, «água suja num velho chafariz.»»

Ernesto Rodrigues

do Prefácio

Avaliações

Ainda não existem avaliações.

Apenas clientes com sessão iniciada que compraram este produto podem deixar opinião.