Descrição
No decurso da década seguinte à publicação do Inverno Mágico (Volume I), foi o autor constatando que “outros ritos e mistérios” persistiam em celebrar-se com força e vigor. Da continuação dos trabalhos de campo resultou uma reflexão sobre o evoluir da práxis decorrente da contemporaneidade, constatada nas novas tecnologias da comunicação, da revitalização de celebrações perdidas ou da introdução de encenações que, embora radicados na tradição, se orientam agora para a inevitável “turistização”. Rituais perdidos que renasceram ou que ganharam uma dimensão nunca sonhada, adequação de celebrações festivas à modernidade, reconstrução de ritos de inspiração antiga, de tudo um pouco ocorreu nesta década do pós-Inverno Mágico.
O aprofundamento dos ritos “esquecidos” no primeiro volume é neste uma constante, a par de algumas revelações. Assim, os ritos de entrada na estação escura consolidam os anteriores da lenha dos Santos, acrescidos das celebrações do vinho novo outras festas solsticiais (antes adormecidas) renasceram e as mesinhas do milagroso e mártir Sebastião ganharam agora um vigor nunca antes visto. Como consequência destes fenómenos, o presente Inverno Mágico alargou o seu âmbito espacial a uma boa parte do território de Trás-os-Montes o seu tempo cíclico prolongou-se até à Semana Santa que, sendo movediça, se celebra ainda no Inverno (o transmontano) que neste “reino”, é de “nove meses”. E, acima de tudo, mágico.
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