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Maria Gomes – Cristã-nova, 117 anos, a mais idosa vítima da Inquisição

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Informação adicional

Sinopse

Editado pela primeira vez em 2012 e posto à venda na Casa da Memória da Presença Judaica em Castelo Branco acabaria por se esgotar. Tendo este espaço museológico um lugar de destaque para Maria Gomes, uma cristã-nova albicastrense vilmente queimada pelos esbirros da Inquisição, não fazia sentido não ser reeditado. Manteve-se o texto da primeira edição, não só porque o livro teve uma boa aceitação, designadamente por parte dos visitantes da Casa da Memória da Presença Judaica, mas também porque acreditamos que é um bom meio para conhecer o funcionamento da Inquisição.
O caso de Maria Gomes é, a um tempo, singular e paradigmático. É singular, pelo facto de não se conhecer uma vítima feminina da Inquisição tão idosa, pois, a crer na idade – nunca questionada pelos seus carrascos –, Maria Gomes teria 117 anos quando foi executada nas fogueiras da Inquisição no dia 5 de setembro de 1638. Tendo em conta a sua provecta idade, o seu sofrimento nos cárceres dos Estaus ao longo de dois penosos anos, a tortura a que foi submetida e a sua execução pelo fogo, constituem uma prova insofismável da total destituição de sentimentos – supostamente cristãos – por parte daquela tenebrosa instituição católica. E é paradigmático, pois no seu processo encontramos uma descrição detalhada de como uma cristã–nova, vítima de vagas denúncias de ser “crente na Lei de Moisés”, estava sujeita à prisão, a intermináveis interrogatórios, à tortura, a confissões indesejáveis e à própria morte, submetida à arbitrária insatisfação dos insaciáveis inquisidores. Pois, foi isso mesmo que aconteceu a Maria Gomes.

Detalhes

ISBN 978 972 780 888 5
Editora Âncora Editora
Edição 1. ª edição - Julho de 2023
Páginas 152
Formato 15x23
EAN/Código 45006
Coleção
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Descrição

Editado pela primeira vez em 2012 e posto à venda na Casa da Memória da Presença Judaica em Castelo Branco acabaria por se esgotar. Tendo este espaço museológico um lugar de destaque para Maria Gomes, uma cristã-nova albicastrense vilmente queimada pelos esbirros da Inquisição, não fazia sentido não ser reeditado. Manteve-se o texto da primeira edição, não só porque o livro teve uma boa aceitação, designadamente por parte dos visitantes da Casa da Memória da Presença Judaica, mas também porque acreditamos que é um bom meio para conhecer o funcionamento da Inquisição.
O caso de Maria Gomes é, a um tempo, singular e paradigmático. É singular, pelo facto de não se conhecer uma vítima feminina da Inquisição tão idosa, pois, a crer na idade – nunca questionada pelos seus carrascos –, Maria Gomes teria 117 anos quando foi executada nas fogueiras da Inquisição no dia 5 de setembro de 1638. Tendo em conta a sua provecta idade, o seu sofrimento nos cárceres dos Estaus ao longo de dois penosos anos, a tortura a que foi submetida e a sua execução pelo fogo, constituem uma prova insofismável da total destituição de sentimentos – supostamente cristãos – por parte daquela tenebrosa instituição católica. E é paradigmático, pois no seu processo encontramos uma descrição detalhada de como uma cristã–nova, vítima de vagas denúncias de ser “crente na Lei de Moisés”, estava sujeita à prisão, a intermináveis interrogatórios, à tortura, a confissões indesejáveis e à própria morte, submetida à arbitrária insatisfação dos insaciáveis inquisidores. Pois, foi isso mesmo que aconteceu a Maria Gomes.

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