Descrição
E se um dia, por obra e graça de uma gigantesca abstenção do cidadão comum, apenas os militantes extremistas, da dita direita e da dita esquerda, se apresentassem nas urnas para votar?
E se Portugal ficasse dividido, não em Norte e Sul com fronteira em Rio Maior, mas Freguesia a Freguesia, conforme o vencedor em cada uma delas?
E se rapidamente aparecessem locais de “acantonamento” controlados por auto-designados “portugueses de bem”, para deterem aqueles que designam por “esquerdalhos”?
E se as Forças da Ordem de Portugal estivessem a ser controladas por um auto-designado Movimento Zero, declaradamente ao lado da extrema-direita populista?
E se os Militares já não tivessem capacidade de sair à rua, como tiveram em 25 de Abril de 1974? Como poderiam as Forças Armadas continuar a garantir a democracia, e a autoridade do Governo e do Presidente da República democraticamente eleitos?
Nesta estória de ficção existe um Militar que soube agir em conformidade e garantir o regresso à normalidade democrática. Depois, a normalidade democrática é que é tão fofinha que demonstra não estar à altura de garantir um futuro estável.
Nesta estória de ficção, ficaremos também a saber que um extremista populista, na luta pelo futuro que quer construir para si, não hesita em tentar alterar a história e para isso pode até ser capaz de assassinar o próprio pai.
É tudo ficção, mas…
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