Nos anos 30 do século XX, em pleno consulado de Salazar, a morte inesperada do Professor Cartago, um latifundiário alentejano, arqueólogo amador com trabalhos de campo na cidade romana de Ammaia (Aramenha/Marvão), levanta dúvidas aos seus filhos. O Professor é uma figura próxima do regime vigente na época, lavrador rico, viúvo recente, pessoa discreta, de parcas palavras e gestos.
A morte do Professor é tratada pelas autoridades como um acidente ocorrido na sequência de uma queda em Ammaia.
Os filhos discordam e tentam esclarecer a situação. Recorrem aos serviços de um detetive privado, João Raposo, antigo polícia de investigação criminal, cujo trabalho está bem cotado entre as classes altas da sociedade.
O detetive percorre vários locais de Lisboa, desloca-se a Castelo de Vide e às ruínas da cidade de Ammaia. Durante essa investigação João Raposo é vigiado por elementos da PVDE, a polícia secreta do Estado Novo. Enfrentando silêncios e ataques de gente ao serviço de um tal coronel Pereira, a conclusão a que o detetive chega é surpreendente. A morte do Professor Cartago nada tem a ver com o relatado pelas autoridades.