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Manhãs do Mundo

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Sinopse

PRÉMIO LITERÁRIO JOÃO DA SILVA CORREIA
I. INDÍCIOS DA CASASão apenas indícios, qualquer coisa que em nós cresce, um telhado a surgir de um futuro indigno. Num esconso austero, pútrido vício do corpo, se prepara a construção, ninguém sabe qual o terreno mais propício a esta casa. Talvez a terra que nos enche as mãos. Talvez o pó onde se armam as palavras.
II. RECITAÇÃO DO AMORÉ preciso que o amor nunca se cale, suas queixas, seus temores, fruto dourado que tremula ao vento. O amor é um pássaro cujo canto incendeia, busquemo-lo no tumulto da palavra, no auge do silêncio. Quem nos dera que ao amor se chamasse alma.
III. TEMPO DE SEMEADURASNão temos outra saída que semear, de tudo a casa necessita, de tudo se alimenta o amor: da terra, sobretudo, e das raízes, e da sombra das árvores e dos pássaros. Bem basta quanto perdemos cada dia numa vida de costas para o mundo.
IV. INTERFERÊNCIASEm torno de nós é o vasto mundo que se agita, a ordem das coisas que reclama. E tudo nos envolve e o corpo corrige a posição mas não deserta, que não sabe nem pode. E enquanto sofremos e olhamos as estações mudam, vão e vêm as andorinhas, e uns nascem outros morrem.
V. DISCURSO DIRECTOComo se fosse sensato atiçar as palavras já mínimas e gastas, as palavras necessitam agora do repouso, enquanto o eu grita. Que dizer de coisa que nem sequer existe, apenas uma frase, se for de puro gozo, é propícia a tamanha indigência: perdoe-se-me.

Detalhes

ISBN 978 972 780 695 9
Editora Âncora Editora
Edição 1.ª Edição - Setembro de 2019
Páginas 112
Formato 15x23
EAN/Código 30010
Coleção
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Descrição

PRÉMIO LITERÁRIO JOÃO DA SILVA CORREIA
I. INDÍCIOS DA CASASão apenas indícios, qualquer coisa que em nós cresce, um telhado a surgir de um futuro indigno. Num esconso austero, pútrido vício do corpo, se prepara a construção, ninguém sabe qual o terreno mais propício a esta casa. Talvez a terra que nos enche as mãos. Talvez o pó onde se armam as palavras.
II. RECITAÇÃO DO AMORÉ preciso que o amor nunca se cale, suas queixas, seus temores, fruto dourado que tremula ao vento. O amor é um pássaro cujo canto incendeia, busquemo-lo no tumulto da palavra, no auge do silêncio. Quem nos dera que ao amor se chamasse alma.
III. TEMPO DE SEMEADURASNão temos outra saída que semear, de tudo a casa necessita, de tudo se alimenta o amor: da terra, sobretudo, e das raízes, e da sombra das árvores e dos pássaros. Bem basta quanto perdemos cada dia numa vida de costas para o mundo.
IV. INTERFERÊNCIASEm torno de nós é o vasto mundo que se agita, a ordem das coisas que reclama. E tudo nos envolve e o corpo corrige a posição mas não deserta, que não sabe nem pode. E enquanto sofremos e olhamos as estações mudam, vão e vêm as andorinhas, e uns nascem outros morrem.
V. DISCURSO DIRECTOComo se fosse sensato atiçar as palavras já mínimas e gastas, as palavras necessitam agora do repouso, enquanto o eu grita. Que dizer de coisa que nem sequer existe, apenas uma frase, se for de puro gozo, é propícia a tamanha indigência: perdoe-se-me.

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